Cigana...

Cigana... Chegou tua hora tão temida ...

Pressagiada, curtida em doridas lágrimas...

No medo, foi o sonho alimentado pela dor,

O destino traiçoeiro... Foi-te mortal arma!

É preciso seguir o curso dessa vida cigana...

Conhecer os mil recantos desse mundo.

Lutar, quiçá sorrir, viver os dias que restam,

Ou se embrenhar num pesadelo profundo!

Chegou a hora cigana... Está na renúncia

Jogado o futuro, que pode ser negro ou belo.

Ser promissor... Colorido ou arrasador...

Porém... Jamais será outro sentir singelo!

Desce o véu da noite sobre a humanidade,

Pondo à mostra a sina de seguir sangrando.

Respostas são silêncios na alma gritando!

Chegou a hora cigana! É preciso ir andando!

Estava escrito nas cartas o mortal final!...

Desenhada estava em teus olhos... A agonia

De quem espera olhando o horizonte sem fim,

Vendo fenecer a alegria... Na gelada ventania!

Chegou a tua hora cigana... Chega de utopia!

Mary Trujillo

11.04.2009

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 11/06/2009
Reeditado em 11/06/2009
Código do texto: T1643948
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