Folhas Secas

Como as folhas que perdem o sumo

Perdi a esperança; o sabor da vida

Meus passos são guiados pelos ventos

Num caminho sem esperança

Sem rumo, sem ponto para chegar

O fim é o porto desconhecido

Que clamo um dia encontrar

Não há hoje e nem tenho um amanhã

Nessa estrada que vivo vagueando.

Só sofrimento, dor, desilusão...

Perdi tudo como a folha a seiva

O mundo é minha trepida morada

Conforme deixam pousar o corpo velho cansado

A escuridão me é assombrosa.

No silêncio d`uma incerteza infinda

Sou carregado por mãos alheias

E, vivo ao gosto do gosto alheio

Como o resto do que me dão

Migalhas que não comeram

Sujeiras, sobras de pão!...