Tempo sem tempo
Toma-me
Mais que droga!
De erros vives da loucura absurda contra tu.
És o mesmo
Súdito da toada do amor
Viver tentar consertar.
Hora mas que droga!
Tento consertar como um mero mecânico o teu carango velho
A concertar e quebrar de tempo a tempo.
Se por ventura esquecer,
Tudo há seu tempo.
Tempo de lembrar passado,
Tempo de fazer lembranças,
Malditas lembranças.
Fere a alma,
Doce alma destruída.
Infância que restou
Suspiro para que não morra.
Luta, morre, vive mais não renasce
Essa é a vida?
Que não compreenda
Que falta pouco
Que é tão breve
Que jaz é torto
Que se liberte
Que se mate
Que não morra.
O desejo anseia, receia.
Que não atente.
Que não salve
Que perdoe
Não deu tempo
Mais que droga!