AS DORES DAS PERDAS

Austeros, refletem o brilho mero

dos meus olhos de lince aflito

os dias prolixos das dores das perdas.

Maculam com pincéis de sangue amargo

os blocos de gelo nos quais se transfiguram

meus olhos aquosos de lince aflito.

Concedem pernas a minh’alma em prantos

que se arrastam pesadas e necrosadas

pelo infinito em chamas da agonia.

Amaros, derramam vagalhões ácidos

sobre meus olhos de lince cego

os dias criminosos das dores das perdas.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 09/06/2009
Código do texto: T1639450
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