Toda tristeza do mundo
Os arcos estão distantes.
Não há como alcançar.
Os passos, já cambaleantes,
não querem se consertar.
É estranho a rispidez do refrão,
viciando e maltratando,
fazendo querer ouvir,
mesmo quando não está agradando.
O ar criando hematomas,
como nós apertados,
tornando rubra, a pele,
num alérgico retardo.
Cansaço. Paralisia.
Os dedos pesam sobre as teclas.
Esse piano gramatical não me larga.
Vou-me agora, farto das regras.
Toda tristeza do mundo...