* Invisivel *

Ainda abro os olhos para ver refletido no espelho, as lágrimas.

Ainda sinto o vazio da saudade, de te ver, sinto aquele frio que parece que meu coração vai parar de bater por apenas te ver chegar.

Mesmo sabendo que o véu da invisibilidade paira sobre mim, meu coração acelera, minhas mãos tremem, eu perco a atenção, meus olhos te procuram, te ouvem, mas quando olho para porta não é você que entra.

O mundo some, desaparece e somente você vive.

Eu fujo para não aceitar a verdade, sumo para que os sonhos contigo saiam da minha mente.

Não sei se o tempo voa, quando você não esta. Ou se apenas me maltrata com aquele véu infernal.

Como dizer que errei, que me enganei, que finji quando todos acahavam que era verdade.

Como confessar o engano, dizer que eu também sou vítima.

Uma vítima do tempo, do amor de mim mesma.

E que hoje fujo com os olhos porque não sei dizer que eu quero mesmo é você.

Que eu quero tanto deixar de ser, aquela que se tornou invisivel.

Aquela por quem você passa fingindo não conhecer. Ou aquela que você foge.

A única que você não sentiu saudade, quem você nunca amou de verdade. E que jamais viverá comigo na memória da eternidade.

Talita Cruz
Enviado por Talita Cruz em 04/06/2009
Reeditado em 04/06/2009
Código do texto: T1632506
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