CAMINHOS DO PASSADO

Sei, que minha mente, então doentia
enxergava coisas que meus olhos não via,
via uma claridade onde estava escuro.
Até uma luz, que do chão pouco se eleva
mas que em seguida, mostrava me a treva
uma doença, do meu pensamento impuro.

Quantas tristes e quietas madrugadas,
ficava observando uma lãmpada queimada
num lugar onde nenhuma lãmpada existia.
Ficava ali, longo tempo deitado de bruço
onde ouvia sair ofegante meu soluço,
mas eram os sonhos, que minha mente cria.

Nunca tive os meus caminhos coloridos
pois todos eles, que foram percorridos,
só me levaram para os rumos da escuridão.
Acredito que já nasci com o destino marcado,
por que sempre caminhei preso ao passado,
pelos desertos caminhos do coração.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 04/06/2009
Código do texto: T1632052
Classificação de conteúdo: seguro