A IMPOTÊNCIA DE UMA MÃE

Mãe chora...

no enterro a ausência do filho,

desfaz toda esperança

de uma vida promissora

e em questão de minutos,

vê passar em sua mente,

um filme de longa metragem:

Toda uma infância,

toda uma adolescência...

e pensa no que poderia ter sido

um final feliz, para a sua linhagem.

As lágrimas caem

sem nenhum tipo de controle.

O coração apertado,

garganta seca, voz sumida...

e no pensamento:

Como enfrentar de novo a luz da vida?

Vê aquele a quem ama

desaparecer no solo fértil.

Está na companhia de tantos...

mas tudo ao redor é um deserto.

A dor é tanta

que mal consegue sentir Deus por perto.

E tudo termina da pior forma...

de volta pra casa,

entre espinhos e não rosas.

Mãos trêmulas,

olhar inexpressivo,

cambaleia...

necessitando de um pouco de paz,

um conveniente abrigo.

Desesperada,

pergunta ao universo:

Porque não eu,

ao invés de meu filho amado?

Mas lá no âmago

reconhece o seu insucesso

e tudo o que sente

é o frio da morte improdutivo e ordinário.

Obs.: Dedicada a dona: Francisca, pela passagem do seu querido filho Judázio.

Fim desta, C. Santos - Akeza

Muito obrigada por se fazer presente ao meu amor! Eu te amo, Deus te ama. Juntos, seremos tudo o que Deus espera de nós!

Akeza
Enviado por Akeza em 02/06/2009
Código do texto: T1627987
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