SINISTRO AÉREO
Não foi à margem do RÍo Piedra.
Não; não estive na Espanha, hoje.
Nem invenção do Paulo Coelho,
No seu (dele) romance.
Deu-se lá em casa, na biblioteca.
Reverentemente, em silêncio.
Hoje, pela manhã, ante a notícia
De um grave sinistro aéreo, sobre
O lombo do Atlântico, aconteceu-me,
O coração nos gorgomilos.
Queda de avião Airbus, um gigantesco
Avião de linha, que voava do Rio
Com destino a Paris.
Duzentas e vinte oito almas
No bojo do trem aéreo da Air France.
Deu-se na biblioteca... Ante a notícia
Do inominável, eu me sentei...
E chorei.
Fort., 1º/06/2009.