SINISTRO AÉREO

Não foi à margem do RÍo Piedra.

Não; não estive na Espanha, hoje.

Nem invenção do Paulo Coelho,

No seu (dele) romance.

Deu-se lá em casa, na biblioteca.

Reverentemente, em silêncio.

Hoje, pela manhã, ante a notícia

De um grave sinistro aéreo, sobre

O lombo do Atlântico, aconteceu-me,

O coração nos gorgomilos.

Queda de avião Airbus, um gigantesco

Avião de linha, que voava do Rio

Com destino a Paris.

Duzentas e vinte oito almas

No bojo do trem aéreo da Air France.

Deu-se na biblioteca... Ante a notícia

Do inominável, eu me sentei...

E chorei.

Fort., 1º/06/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 01/06/2009
Reeditado em 01/06/2009
Código do texto: T1626288
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