Como Criança...
A lua prateada no negro céu.
As folhas que voam ao vento, ao léu;
A noite cheia de mistérios e saudade
Traz a melancolia com pontual lealdade.
Olho a janela, e num suspiro encho os pulmões.
Do ar frio da noite, que traz recordações.
A infância, os temores, os amores, as lagrimas.
A brisa tem sabor e som de melodias nostálgicas.
A noite mexe com nossa emoção,
Faz com que confundamos emoção, amor, coração...
Prefiro o dia, o sol, que clareia e aquece;
O perfume da manhã, que inebria e entontece.
Quando chega a noite, tudo é recolhido.
A alegria, a fantasia, as brincadeiras, me sinto encolhida.
Uma tristeza invade meu coração, meu corpo;
Só em sonho, me vejo sob o ardente sol, em verdejantes campos;
Agora é a lua, lânguida que me olha nesse instante.
Como se sempre me repreendesse; não consigo fitá-la.
Agora mulher, sem brincadeiras, sem fantasias para enfeitá-la.
A noite surge ainda mais tristonha e infinitamente constante...