Sonhos imortais

Matem-me se puder, mas nunca deixarei

O sonho morrer enquanto vivo, mesmo solitário

Mesmo carente, sozinho entre brasas e espinhos.

Sou sólido mesmo assim sobrevive dentro de mim

O sonho promiscuo de realização da vida, o sonho

Nascido no calabouço das idéias e sustentado nos

Pilhares da vontade de potencia, na vontade louca

De conquista mesmo sendo pequeno o que importa

É a paranóia criada diante de tantas outras.

Há um subúrbio dentro de mim marginalizado, sem

Esperança alguma, sem expectativa nenhuma de

Crescimento das vontades próprias, existe um trafego

Imenso de pensamentos divergindo-se, ouço som, ruídos,

Gritos, alertas, vejo Luiz, um fisco de Luiz saindo das

Brechas criadas. Tem um pouco de loucura nisso

Tudo, pois é da loucura que nasce um sábio e todo

Sábio é sonhador, conquistador de terras distante,

De terras do sem-fim, todo sábio tem a loucura de

Conquistar espaços próprios.

Matem-me quantas vezes quiser sou uma barra

Metálica cravada no concreto, meus sonhos são

Aves recém nascidas querendo dominar o primeiro vôo,

Querendo bater asas e voar em busca das nuvens do céu.

Podem com todos os artifícios da vida matarem-me

Podem arrancar minha vida de uma vez, sem mais volta,

Mas de nada vai adiantar tudo isto se minha alma

Permanecera e com ela meus sonhos continuarão vivos.

Nada adiantara a rebelião da vida contra mim , sou

Áporo na insistência de perfurar o chão mais rígido,

Sou a pedra que insiste em não falar de forma alguma,

É isso mesmo sou a pedra.

Matem-me e ate que consigam isso, se conseguirem

Meus sonhos já terão se tornado verdade absoluta ,

Vontade dominante de criar caminhos para que resvalem as felicidades, para que sujam as novidades e cresçam amizades e desejos maiores que o mundo inteiro infinito.

Matem-me, se conseguirem matar meus desejos.