As Muitas Tristezas
Até onde quero?
Já não sei se vou.
E divago num sarcasmo cansado,
num cinismo esvaziado.
Já não sinto a amargura,
ela de fato apenas me enche
de maior enfado.
Tanto por fazer,
e o cansaço parece querer
fazer do ócio o maior dos sonhos.
O não fazer que preserva
o pecado do existir,
que compromete a existência.
Nem o bem, nem o mal,
antes parecem os mornos
serem os mais aptos a viver.
Uma frouxidão de tudo,
perspectivas vãs, cinzas
de devaneios inúteis.
E o coração se apaga,
a alma esfria, tudo se encaixa,
tudo ainda há de ser.
O que, enfim, tudo isto
pode importar?
Pois que tudo passa,
o tempo leva,
os dias esquecem.
Até onde quero?
Já não sei se vou.
E divago num sarcasmo cansado,
num cinismo esvaziado.
Já não sinto a amargura,
ela de fato apenas me enche
de maior enfado.
Tanto por fazer,
e o cansaço parece querer
fazer do ócio o maior dos sonhos.
O não fazer que preserva
o pecado do existir,
que compromete a existência.
Nem o bem, nem o mal,
antes parecem os mornos
serem os mais aptos a viver.
Uma frouxidão de tudo,
perspectivas vãs, cinzas
de devaneios inúteis.
E o coração se apaga,
a alma esfria, tudo se encaixa,
tudo ainda há de ser.
O que, enfim, tudo isto
pode importar?
Pois que tudo passa,
o tempo leva,
os dias esquecem.