O poeta em mim está morrendo
O poeta em mim está morrendo,
Não de AIDS, câncer ou gripe suína,
Mas uma doença moderna,
Que é a soma de todos os males humanos...
Uns chamam-na desmotivos, outros Desestímulo
Eu chamo-la Desvontade ou Desvida.
O poeta em mim, lenta e agonizantemente, definha
Assisto e sinto à sua dor, sem nada fazer.
Sua voz suplica em meus ouvidos,
Em delírios infindos e cruéis.
E eu, triste, calo-a com doses homeopáticas de rotina.