TERRA

Na Via-Láctea, ela é apenas um pontinho
Entre os zilhões de corpos no vazio do Espaço.
Ao contemplá-la, deste modo, eu adivinho:
O ser humano que ali vive é tolo e lasso.

É incapaz de conservá-la em bom compasso;
Do ambiente, só retira, comezinho.
Por egoísmo e interesse, um erro crasso,
Na exploração, sempre quer mais um bocadinho.

E dos segredos que carrega inda consigo,
Ela revela pouco a pouco do perigo,
Em atitudes predatórias, tão marcantes.

Um dia, a calma do planeta irá cessar
E soluções para o calor que está no ar
Farão lembrar, da inconseqüência que houve antes.


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