SOFRIMENTO DE CRIANÇA

Batem leve, levemente,

Como quem chama por mim...

Será chuva? será gente?

É gente certamante,

Pois chuva e vento

Não betem assim!

É talvez uma criança...

Mas, à pouco, à poucochinho...

Nem uma agulha bulia

Na quieta melâncolia

Das árvores do caminho!

Quem bate assim levemente

Com tão estranha leveza?

Que mal se ouve, mal se sente?

Não é chuva, não é vento.

É criança com certeza.

Fui ver, era uma criança...

Pobrezinha, pequenina!

Trazia nas mãos uma cartinha

E nos olhos, uma esperança!

Relatando que sua mamãe

Acometida por uma doença,

Ja não lhe faz mais as tranças!

Sentia fome e friu,

Dizia que ainda não viu

Naquele dia seu papai

Que saiu para buscar trabalho

Pisando na relva o orvalho

Sem saber pra onde vai;

Criança em sua inocência

Em sua minúscula vivência!

Sentiu o peso da dor!

A dor da mamãe doente

A dor do papai ausente

Que precisa trabalhar

Pra garantir sua comida

Pra curar aquelas feridas...

Que a pobreza fez brotar!

Criança um tanto pálida

Talvez a pouca comida

Que à fez mudar de cor

Trocando a face rosada

Por uma pele manchada

Tirando-lhe todo vigor!

Seus dentinhos escurinhos

Faz seu sorriso tritinho...

Que até me fez sentir dor!...

Que quem ja é pecador

Sofra tormentos, enfim!

Mas...as crianças, Senhor!

Por que lhes dais tanta dor?

Por que padecem assim?...

É uma infinita tristeza

Uma funda turbação

Entra em mim, fica em mim presa...

Sofre a criança na pobreza...

E sofre o meu coração!

OBS. Autor desconhecido. (modificada)

titulo original (balada da neve)

troquei os temas: criança sofrendo na neve, por crinça sofrendo na pobreza.

14:35 horas

Sentia fome e friu

Dizia que ainda não viu

Naquele dia seu papai

Que saiu para buscar trabalho...

Pisando na relva, o orvalho

Sem saber pra onde vai!

Criança, em sua inocência

Em sua minúscula vivência

Sentiu o peso da dor!

A dor da mamãe doente...

A dor do papai ausente...

Que precisa trabalhar!

Pra garantir sua comida...

Pra curar aquelas feridas...

Que a pobreza fez brotar!

Criança um tanto pálida

Talvez a pouca comida...

Que à fez mudar de cor

Trocando a face rosada...

Por uma pele manchada!

Tirando-lhe todo vigor!

Seus dentinhos escurinhos

Faz seu sorriso tritinho...

Que até me fez sentir dor!

Que quem ja é pecador

Sofra tormentos, enfim!

Mas...as crianças, Senhor!

Por que lhes dais tanta dor?

Por que padecem assim?...

É uma infinita tristeza

Uma funda turbação!

Entra em mim!

Fica em mim presa!

Sofre a criança, na pobreza...

E sofre o meu coração...!