INFÂNCIA ROUBADA - VIOLÊNCIA SEXUAL

Medíocre e violento gesto insano

Constrangimento que causa insulto.

Criança desprotegida coberta com pano

Ele passou rápido, apenas um vulto.

E pensar que as crianças são hostis.

Muitas foram deixadas de lado:

Como cobras selvagens muito viris,

Tão pobres que não têm um simples retrato.

Crime consumado!

Adulto pobre de espírito.

De coração sujo e sangrando!

Criança ao relento

Que nunca provou do vento!

Quem tomou sua infância?

Levou consigo aquilo de mais precioso.

Não fez acaso nem deu importância

Tirou-lhe o que tinhas de mais ostentoso.

Ah se eu pudesse com minhas mãos

Refazer o tempo e reconstruir o passado.

Mas não posso minhas mãos são obras vãs

Não posso refazer o que já fora criado.

Sujeito mesquinho de face desqualificada

Não tem coração, apenas uma fonte de horror.

Que pena que não pude fazer nada, que mancada.

Causara-lhe rancor, medo e muita dor.

Que o Criador

Faça o que for correto.

Eu te perdôo, mesmo

Sabendo que nunca terás um teto.

Que sentimento é esse que te fez assim?

Garota ao relento, alma dotada de pressa.

Tão fechada assim.

Espero que um dia seja emersa

Como vitória-régia.

Do som que rege este poema,

Intuito de quem por uns instantes

Resolve fazê-lo acaso a este dilema.

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Ednardo Max
Enviado por Ednardo Max em 22/05/2006
Reeditado em 14/04/2011
Código do texto: T161015
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