DOR

Com a rapidez do apagar as velas,

Ceifa a vida, fluidifica-se no infinito,

Sem avisos, nem espera.

Ficam as lembranças...

Sobra a dor da saudade, que não tem fim.

Provoca turvas inundações na alma

Quando deságuam no mar das emoções

Descem em correntezas turbulentas

E transformam-se em ribeirão de dor.

Fere a alma, sangra o coração.

Afoga os olhos.

Tudo parece ter o amargor da morte

O tempo muda, desce um facho de escuridão,

Que encobre o brilho do sol.

Na espessa bruma, tem o peso da dor.

Em pleno amanhecer, o dia torna-se noite.

A vida perde o colorido,

Até que o tempo conceda o novo tom

E Deus, com o seu balsâmico amor, apazigúe a dor.

Solidária com a dor de um amigo, que perdeu um filho prematuramente.

Cellyme
Enviado por Cellyme em 21/05/2009
Reeditado em 21/05/2009
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