DOR
Com a rapidez do apagar as velas,
Ceifa a vida, fluidifica-se no infinito,
Sem avisos, nem espera.
Ficam as lembranças...
Sobra a dor da saudade, que não tem fim.
Provoca turvas inundações na alma
Quando deságuam no mar das emoções
Descem em correntezas turbulentas
E transformam-se em ribeirão de dor.
Fere a alma, sangra o coração.
Afoga os olhos.
Tudo parece ter o amargor da morte
O tempo muda, desce um facho de escuridão,
Que encobre o brilho do sol.
Na espessa bruma, tem o peso da dor.
Em pleno amanhecer, o dia torna-se noite.
A vida perde o colorido,
Até que o tempo conceda o novo tom
E Deus, com o seu balsâmico amor, apazigúe a dor.
Solidária com a dor de um amigo, que perdeu um filho prematuramente.