Uma poesia sem emoção (soneto triste)
A poesia perdeu o tino
Com o meu desatino
Perdeu-se e não encontro
O corno deste monstro.
Sou a história sem subtítulos
Um conto em fascículos
A vida perdeu o seu mínimo
Numa erosão sem ânimo.
Sou a quimera perdida
Com a alma ferida
A semente é a alegria.
Que assenta em boa ria
Sou aquele elemento
Que presencia o sonho lento.