Invisível
Eu sou um fantasma que vaga pelas flores que colhi
As lágrimas que me cobrem me tornam visível
Mas logo caio em pétalas secas
Como um jardim de passado
Cheio de cicatrizes
Espinhos não me tiram beleza
Cores não alegram mais seus olhos
Resto aqui invisível
Pulsando a espera de primavera
E diante de sua indiferença
O que me sobra é só outono.
Maio de 2009