Noite de trovões
Desde o anoitecer os trovões resmungam
Ao mundo a paz é para aqueles que amam
Que vivem com a altiva esperança
Que nem sempre é abastança.
Os trovões personificam o diabo
A vingança do mal-amado
Pelo mau sentir das gentes
E pela incúria das mentes.
Na sociedade a trovoada é constante
Devido ao Ter mais do que ao Ser
A chuva caí a brados loucos
Parece que tudo vai transbordar.
Os rios e marés vão tudo transpor
Devido a imensidade do temporal
Num desatino sem rigor ou amor
Neste mundo de mero bacanal.
Onde a imaginação não se afasta
Do surpreender a boa casta.