Dia cinzento
De manhã cedo, acordei
E tomei um café amargo
Difícil de se engolir
Como um dia longo desses que não tem fim
Tá escuro e sem vento
Um dia de cor cinzento
Nuvens pelo céu
Gosto puro féu
Um mundo desbotado
Sem vida, sem cor
Um coração paralisado
Sem alegria, sem amor
Olhar perdido
Lágrimas que não posso conter
No peito, o vazio
Que já não posso preencher
As horas passam devagar
E não há o que se fazer
Ninguém sequer a perceber
A enxergar ou a ver...