Acalanto
Acalanto
Letras como sangue caem e gotejam
Alastrando assim a dor d'alma
Pela superfície pálida e pura
Ausente de pecado ou ternura;
Marcha em Dó Maior ao Sol
- De setembro e tanto maio,
Frio incauto onde desmaio
meus versos langues e ateus.
Marca de devaneio infeliz
De quem deixou por um triz
A veracidade violenta da vida
escapar como brasa de Prometheus,
Tangendo tons em Sibemol
E arrastando na pauta o grafite
Tudo que o pesar lhe solicite...
Essência sutil de acalanto.