Acalanto

Acalanto

Letras como sangue caem e gotejam

Alastrando assim a dor d'alma

Pela superfície pálida e pura

Ausente de pecado ou ternura;

Marcha em Dó Maior ao Sol

- De setembro e tanto maio,

Frio incauto onde desmaio

meus versos langues e ateus.

Marca de devaneio infeliz

De quem deixou por um triz

A veracidade violenta da vida

escapar como brasa de Prometheus,

Tangendo tons em Sibemol

E arrastando na pauta o grafite

Tudo que o pesar lhe solicite...

Essência sutil de acalanto.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 11/05/2009
Reeditado em 11/05/2009
Código do texto: T1587939