EU HOJE ME ESCONDI
Eu hoje escondi minhas tristezas
na vontade serena de chorar.
Eu sei que o céu ainda ostenta o azul.
Eu sei que o sol de há muito amanheceu.
Eu sei que o mundo continua rindo,
(talvez chorando alguém o pranto meu).
Mas hoje eu escondi minhas tristezas
num pranto não convulso, silencioso.
Só sei que é pranto porque sinto o sal
que, quando em vez, alcança a minha boca,
a minha boca que de nada fala.
Sequer me diz meu tanto de ser triste,
a minha boca que na voz se cala!
Eu hoje resolvi chorar, sem falar nada,
(pois ninguém fala quando está chorando),
sem me saber do pranto qual motivo,
nem mesmo questionar para que vivo,
nem procurar de mim se já estou morto.
Eu hoje escondi minhas tristezas
na vontade serena de chorar.,
Odir, de passagem
<><><><><><><>
Tua dor íntima, sentida, apavora...
Sinto-a também aqui, sozinha.
Sem saber, ao certo, o que devora...
Será tua dor d’alma, igual à minha?
Elen Nunes, de passagem
Eu hoje escondi minhas tristezas
na vontade serena de chorar.
Eu sei que o céu ainda ostenta o azul.
Eu sei que o sol de há muito amanheceu.
Eu sei que o mundo continua rindo,
(talvez chorando alguém o pranto meu).
Mas hoje eu escondi minhas tristezas
num pranto não convulso, silencioso.
Só sei que é pranto porque sinto o sal
que, quando em vez, alcança a minha boca,
a minha boca que de nada fala.
Sequer me diz meu tanto de ser triste,
a minha boca que na voz se cala!
Eu hoje resolvi chorar, sem falar nada,
(pois ninguém fala quando está chorando),
sem me saber do pranto qual motivo,
nem mesmo questionar para que vivo,
nem procurar de mim se já estou morto.
Eu hoje escondi minhas tristezas
na vontade serena de chorar.,
Odir, de passagem
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Tua dor íntima, sentida, apavora...
Sinto-a também aqui, sozinha.
Sem saber, ao certo, o que devora...
Será tua dor d’alma, igual à minha?
Elen Nunes, de passagem