À TRISTEZA
Reina em mim um monstro insano
Arbitrário,dilacerando o meu íntimo
Sem defesa me entrego e me engano
Que o que ele causa é bem mais que legítimo
Da janela vejo olhares apressados
Tenho pressa também,mas meus pés estão atados
Ele,ao perceber minha intenção,enfurece-se
Comanda meus sentidos e no meu corpo uma lágriama desce
Ah,demônio vil que no ser humano em algum momento habita
Não deixe que em minha face transpareça sua frieza
Se aos outros a menção do seu nome se evita
Em mim é como música fúnebre acompanhando o desencarnado
Em seu louvor escancaradamente grito:"-Óh Tristeza...
Não perca mais seu tempo em terreno tão minado!"