Quando um dia eu aqui não estiver
Quando um dia eu aqui não estiver
Ninguém de mim há de lembrar
Eu fui assim como um qualquer
Pequeno demais pra alguém amar...
Eu deixo a vida com seu tédio
Liberto-me dela bem tranqüilo.
E levo como saudade ou remédio,
A doce lembrança do meu filho...
Filho que tanto amei e que me deste,
Meus poucos momentos de alegria
E agora nessa hora que é tão breve,
Parece longa a melancolia...
Parece pouco o tempo que me resta,
Acho que comecei a viver muito tarde,
E tão cedo a vida me molesta...
Mas tão logo passa essa realidade...
Por aqui passei e vivi sem importância...
Não cultivei motivos nem deixei lembranças...
O que fica... São palavras, que esquecidas serão.
Assim como a História de quem viveu em vão.