A montanha russa
Um movimento, fechar os olhos
sou um abutre que desce veloz à presa
emoções numa espiral que leva ao fim
e de novo ao começo e então ao fim
mato a facadas o tempo que insistente vibra
devorando minutos da dor que tenho,
lágrima e riso, amor e distanciamento
todas as facetas de um ser desencontrado habitam aqui
Uma flor que não fosse incerta
um poema que não se perdesse em metades
uma palavra para explicar o medo,
emoções que gritam
cavalos selvagens e imponentes flamingos
minha alma carrega o caos e o silenciar de tudo.
Fechar os olhos.