PRISIONEIRA DE MIM
Aprisionada dentro do meu "eu",
meus medos se multiplicam.
Liberdade é palavra que dá medo
e as portas fechadas me trazem segurança,
como se fora eu , ainda, criança,
que não descobriu da vida o segredo.
Pensamentos me atordoam,
minha mente "mente" para mim...
Consciência adormecida,
meu próprio ego se fecha...
Não reconheço mais nada,
sou uma estranha nessa jornada
que trilho sozinha,
buscando um fim.
Cega, não avisto a luz no fim do túnel
que atravessa minha razão.
Razão?
Será que esta também não me fugiu?
Se ficou, quase pouca,
está me deixando louca
à procura da pessoa que fui e que sumiu!
Perdida!
Sim, estou perdida e num fundo de poço,
onde não há água para minha sede saciar...
Estou presa numa rede
que a cada dia se emaranha
como se fosse teia de aranha...
Presa!
Perdida!
Louca!
Cega!
Ainda , numa nesga de racionalidade
que aparece como brilho de sol,
penso:
este é o meu fim!
Stella Vives
Momentos de Depressão
14\04\09