Poema sem título
Deixas passar as horas
da eloqüência
do fluir da tua alma na minha.
Deixas passar o tempo
dos gestos intensos
do derramar-te inteiro em mim.
Deixas passar minutos preciosos
achando que amanhã
ainda estarão aqui.
Perdes a consciência
de que no trajeto da vida
todos os instantes são únicos.
Sei que haverá o dia
em que o cansaço deste amor solitário
me levará a outros braços.
E terão passado
como chuva de verão
todos os momentos de amor não vividos.