Janela de sonhos
Na janela avisto um mundo perfeito e formoso...
No entanto,
Olhando atentamente entre seu arcabouço,
O belo não passa de uma ilusão atemorizante.
O inferno não me parece estar nas profundezas da terra,
Ele vive bem aqui...
Em nossas vidas!
Escrevendo estas palavras, sinto-me morto!
E essa sensação é a pior delas.
Penso em extrapolações... Mas mesmo desesperado,
Tento conter-me.
Em silêncio permaneço, descrevendo tudo em papéis:
Viver é sofrer!
Deuses!
Nem tenho mais forças, para suportar tanto sofrimento.
A vida parece-me não está saciada...
Está sempre querendo mais e mais de mim.
Da janela... Assisto coisas que vivem dentro do ser alheio.
Na janela... Encontram-se todos os bons e maus subterfúgios.
Janela...
És meu céu e meu inferno... Meus deuses e meus diabos.
Janela...
És meu tudo e meu nada.
Janela da morte! Janela da vida!...
Intrinsecamente em nós...
[JANELA!]