Viajem pelo tempo

AMAR...

e sentir o opróbrio.

E cultivar em silêncio,

a flor que abriu-se em botão.

E transformar em luz a umbrosa madrugada.

AMAR...

e fazer da renúncia,

o alimento de um grande amor.

E sorrir com a lágrima da saudade.

AMAR...

e trazer no próprio peito,

a derrota de um sonho desfeito;

amando os vencedores,

consolando os vencidos.

AMAR...

e entender os rendidos.

Dar a mão a palmatória.

Fazer uma só trajetória,

em duas existências.

AMAR...

e saber da flor,

o por quê do seu perfume.

E entender o ciúme.

AMAR...

e conceber nosso fruto.

E clamar pela paz.

E sorrir para a vida.

E ser gente.

Alguém que ama, que sorri.

Eu já amei SENHOR!

Não amo, será que sou gente?