Pra puta que o pariu

Pra puta que o pariu

Cansou de falar bonito

Por hoje sua elegância

Deu um tempo e partiu

Este poetar é esquisito

Há de se ter tolerância

É reação ao que ouviu

Não se perde no infinito

O limite da paciência

Se até a verve se omitiu

Não há mais o requisito

Da delicada aparência

Hoje o verbo mentiu

O alfabeto foi maldito

O poeta se ressentiu

Rodopiou na instância

E tendo sido inquirido

O juízo não mediu

Mandou a mendicância

Pra puta que o pariu !