INCOERÊNCIAS
INCOERÊNCIAS
Dúvidas ocultas, maus presságios?
Não, não, são realidades desvairadas,
De mentes sombrias que pregam amor,
E no entanto, disseminam ódios,
Pelas atitudes nem sempre coerentes,
Diferentes diante de todas as certezas.
Simulam paz quando praticam guerras,
Exterminam vidas sem nenhum pudor,
E criancinhas morrem pelos seus desvarios,
Inconcebíveis pelas crueldades madastras,
Que praticam ao sabor de suas maldades,
Como se fossem objetos descartáveis.
Não entendo, meus pensamentos vagam,
Procurando respostas que busco em vão,
E o homem mortal que amanhã pode não existir,
Pratica incoerências dificeis de serem assimiladas,
Mesmo sabendo de sua diminuta existência,
Só por vaidades de seu coração perverso e cruel.
É a guerra que assombra e ceifa vidas,
Não respeita limites e causa destruições em massa,
Arrasa economias difíceis de serem reparadas,
Tanto são os escombros das cidades atingidas,
E os que vivem buscam esperanças que se dissipam,
Quando encontram entes queridos que se foram.
Só restam as lágrimasa para atestar as suas dores,
Ao encontrar filhinhos dilacerados nos escombros,
E desesperadas são as súplicas de seus lamentos,
De mães que deram vida para frágeis criaturas,
Que agora carregam perdidas sem entender as razões,
De tamanhas crueldades que matam até criancinhas.
Jairo Valio
19-04-2009