CEARÁ
Não sei de que sol falam eles,
que beija a face do equador,
mas não é utopia o céu daqueles,
nem a estupida seca em forma de dor!
Um lamento profundo e triste,
que a canga do tempo os faz carregar,
se nos trópicos a beleza existe,
existe a eterna súplica para rezar!
A água que desce do olho sertanejo
nunca poderia voltar ao céu,
teriam a força neste ensejo,
para renovar a fé que sucumbe ao léu!
Antes de pedir ao grande Deus,
que ao sertão vire seu olhar,
pediria aos governantes seus,
impeçam a covardia de governar!