Carta a um velho amigo

Já me vens novamente,

Vertendo soberba, mesquinhez,

Dilacerando meu peito,

Destruindo minha sensatez.

Acabas com todo meu resto,

Impõem-me ordens tortas.

Deprime o meu ser tangente,

Despedaças e feris carnes mortas.

Teu ego?... Assombrosa pedra!

Arrasa meu pobre coração.

Circunda minhas aflições,

Amarrota e deixa indagação.

Imbatível homem negro,

Não veres tua própria solidão?

Marchas sempre para as trevas,

Segues arrisca uma mesma mão.

Tuas palavras desprovidas de sutilezas,

Amargura toda uma vida.

Teus gestos bárbaros insensíveis,

Cicatrizes fazem ainda.

Oh! Impiedoso homem feroz,

Não mais pretendo encontrar-te.

Cansei-me de teus furores negros,

Fartei-me de tentar mudar-te.

Grégori Augustus Reis
Enviado por Grégori Augustus Reis em 07/04/2009
Código do texto: T1527412
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