Mundo de fome

Da penúria viverão, não quero ser real

E nem estar aqui para ver

Ruanda, Guiné e Benin, quando tudo desaparecer.

Não quero estar aqui para chorar

Quando a doença da fome matar,

Tudo a expirar.

Gotas de lágrimas de sangue aqui a ócio.

Na tuna é o que vai estar, a que estão aqueles que não dão.

Não quero flores nem jardim.

Quero uma vida para cantar, não verter, nem deixar.

Quero uma alegria infindável,

Mas enfim,

Não quero isso só pra mim.

Não quero estar aqui para ver.

Prodigalizar palavras boas

Quando tudo está a quem quer crer.

Não quero estar aqui para sentir

O coadjuvar da plebe instável a chorar ao ver,

Ao ver o mundo de fome morrer.

Isabella Ballego
Enviado por Isabella Ballego em 05/04/2009
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