FIM DA VIDA
Nosso estuário...
Ah, se eu pudesse desvendá-lo.
Que será do teu caminho, do meu?
Onde iremos fazer a confluência
do nosso passo, da nossa existência?
Talvez no cume daquela montanha,
entre as flores silvestres.
Ah, que dor estranha,
tento arrancá-la, é o pessimismo.
Bem sei que sou um andrajo,
mergulhado em meu lirismo,
tentando descrever-te.
Onde achar o estuário, este passo mal traçado?
Talvez na ausência tua,
quando eu não puder ver-te.
Então gritarei a este mundo imundo,
meu motivo perdulário.
Tive que perder-te
para desvendar, que na morte,
está traçado meu estuário.