OLHAR DELA

Quando enfeitada pelo olhar dela
essa flor era muito mais bela,
esta morrendo, tão tristinha ficou.
Talvez pela falta de seu amor
está aos poucos, perdendo sua cor
uma parte de sua vida, já secou.

Aqui tristeza por toda parte existe
o canário já não quer mais o alpiste,
com a falta dela, tudo se modificou.
Passamos a morar junto com a solidão
não está mais sendo usado meu violão,
tudo sem vida, por que daqui se mudou.

Seja parte vegetal ou parte humana
tudo calado dentro dessa cabana,
toda a alegria que havia, com ela rumou.
Pode recusar o alpiste  e até a água
deixe se derreter nessa mágoa
voce sabe que de nossa vida se retirou.

As letras que me traziam a alegria
também foram mortas na última poesia,
que embora, ela também levou.
Em sonho, foi o que me disse o profeta,
esqueça de tudo isso, meu caro poeta,
esqueça, mais um amor que findou.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/04/2009
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