MAIS ESTE POEMA

Eu parto.
E a dor do parto
vai doendo em mim
em pequenas doses homeopáticas.
O romper de laços
me dilacerando,
como se fossem mil agulhas
estratégicamente colocadas
e programadas
ora para doer aqui,
ora ali.
Eu me parto.
Sou pedaços de mim mesma.
Cada um deles me consumindo
e se tornando fato consumado.
Entre tantas idas e vindas,
eis que vou
agora de forma definitiva.
Se posso dizer que restou alguma coisa,
foi mais este poema.