EU ACEITO
Eu não sei o que foi feito
dos meus olhos esverdeados, cheios d'água
se morreram ao desprezo da chuva lá fora
ou se fecharam, cansados da procura de agora
Eu não sei o que se espera
da água que bate à minha janela
e me encharca aqui por dentro
desse insensato sentimento
Mas não é a minha partida,
minha guerra infinda que me mata
é a lágrima enternecida que se perdeu
do propósito da dor que a estancara
Eu aceito então o fim
imposto pela mão do medo seu
aceito que sou só, sem ser mais nada
que esses mesmos olhos se abrirão de madrugada
no escuro de uma súplica desesperada
Eu não sei o que foi feito
daquelas tardes de você no meu peito
daquelas noites azuis sem medo de nada
daquela estrada longa que a gente vislumbrava
Só sei que eu aceito
que sou só
sem ser mais nada
Não é teu fim imposto, acentuado que me prostra
é deixar esse amor imenso assim, à mostra
qual rosa em botão, ensimesmada
pronta pra ser tocada, cheirada, ofertada
que sucumbe à razão de quem passa
e a desapercebe pela dor da vida minguada
- que segue.
Eu aceito teu fim, ainda que não caiba em mim
tamanho consentimento desobrigado
se preciso crescer pra saber
quão errado foram meus passos
farei do seu fim meu recomeço
refaço meu roteiro em poucos traços
Quando perceber quão impróprio foi o feito
de se impor assim um fim, sufocante
verás que fiz da sua ausência
meu novo aprender,
meu motivo de te merecer
muito mais do que antes.
Aceito teu fim, se não há escolha
por ora eu te dou meu silêncio e meu nada
quando perceber que não mais tens
tardes azuis, dias perfeitos, noites pintadas
então verás que o fim era só seu
que eu na verdade nunca havia deixado
de seguir desenhando a nossa estrada....
Não temas, cedo ou tarde a vida se mostra
e vai então em você me revivendo,
verás então que sou a prova viva
do impossível acontecendo.
Te amo.
Eu não sei o que foi feito
dos meus olhos esverdeados, cheios d'água
se morreram ao desprezo da chuva lá fora
ou se fecharam, cansados da procura de agora
Eu não sei o que se espera
da água que bate à minha janela
e me encharca aqui por dentro
desse insensato sentimento
Mas não é a minha partida,
minha guerra infinda que me mata
é a lágrima enternecida que se perdeu
do propósito da dor que a estancara
Eu aceito então o fim
imposto pela mão do medo seu
aceito que sou só, sem ser mais nada
que esses mesmos olhos se abrirão de madrugada
no escuro de uma súplica desesperada
Eu não sei o que foi feito
daquelas tardes de você no meu peito
daquelas noites azuis sem medo de nada
daquela estrada longa que a gente vislumbrava
Só sei que eu aceito
que sou só
sem ser mais nada
Não é teu fim imposto, acentuado que me prostra
é deixar esse amor imenso assim, à mostra
qual rosa em botão, ensimesmada
pronta pra ser tocada, cheirada, ofertada
que sucumbe à razão de quem passa
e a desapercebe pela dor da vida minguada
- que segue.
Eu aceito teu fim, ainda que não caiba em mim
tamanho consentimento desobrigado
se preciso crescer pra saber
quão errado foram meus passos
farei do seu fim meu recomeço
refaço meu roteiro em poucos traços
Quando perceber quão impróprio foi o feito
de se impor assim um fim, sufocante
verás que fiz da sua ausência
meu novo aprender,
meu motivo de te merecer
muito mais do que antes.
Aceito teu fim, se não há escolha
por ora eu te dou meu silêncio e meu nada
quando perceber que não mais tens
tardes azuis, dias perfeitos, noites pintadas
então verás que o fim era só seu
que eu na verdade nunca havia deixado
de seguir desenhando a nossa estrada....
Não temas, cedo ou tarde a vida se mostra
e vai então em você me revivendo,
verás então que sou a prova viva
do impossível acontecendo.
Te amo.