Desalento

Oh Deus, que desalento é esse?

Inebriante sentimento de perda,

Ver tão doces olhos na escuridão

Se esvair de todo meu ser...

Descontentamento vil que dói

Ter mãos distantes incautas na lua,

Palavras rotas perdidas na garganta

Com dedos que perfuram os corações;

Andar como um animal pelas calhas

Da noite fria e desabrigada...

Ser para ti somente vulto e asco

És o meu destino, oh carrasco!

Agora não tem mais sentido, sentimento...

Tudo se esvai como prece e desalento

Coisa que teu nome martirizado se tornou.

(Rafaela Duccini - 23/3/2009)

R Duccini
Enviado por R Duccini em 25/03/2009
Reeditado em 25/03/2009
Código do texto: T1505930