Condenado a dor

Se houvesse um pedido a ser feito

Este com certeza

Pediria fórmula, um jeito

De curar as feridas do coração

Como não zombar

Dos pobres sonhadores

Aqueles que se entregam

Tais, exímios sofredores

Muitos achariam os mais nobres

Mas como ver honra em meio a dor

Encanto que não reverte

A falta do grande amor

Ou por capricho quem sabe

Dois seres apaixonados

Condenados a não terem o que almejam

Pois muitos os querem separados

E assim discorrer nos versos

De um poeta amargurado

Sentindo na pele arder

O revés do condenado

Eis a dura sentença

Sem perdão, nem custódia

Não viver com a mulher amada

O que tanto sonhou

Melhor seria fugir

Deixar o caminho livre para outrem

Em meio a tudo admitir

Que a lenda acabou

POETA ESCARLATE
Enviado por POETA ESCARLATE em 25/03/2009
Código do texto: T1504565
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