Nas Asas da Juriti

Ave de cantar triste,

Chama chuva...

Chuva não vem.

Passarinheiro lhe acertou a asa,

Vive sangrando...

Teima em voar.

Chora a despedida de seu companheiro,

Tenta se conformar...

Mas a tristeza é maior.

Viuvinha de amor vivo,

Não quer outro bem...

Mesmo assim canta todas as manhãs.

Voa juriti,

Deixe o sertão...

Deixe de SER TÃO triste.