Ampulheta

Ouvi meus passos

Onde não votarei

E o amargo impregnado

Em meu ser

Sai das ilusões doces

Que tive um dia

E as solas que gastei

Servirão apenas a fazer sons

Nos caminhos onde andei

Na vida que usei

Nos passos que apressei

As folhas que o vento traz

Vidas que não voltam mais

Silêncio, servidão, sensação

Terras do alem mar

Pensamentos arcaicos

Mundo evoluído

Certezas de uma fragilidade

Cidade fria, que ecoa na alma

Minhas mentiras, meias mentiras

Poucas verdades

Ouvido sangrando, amores perdidos

Anjos caídos... Abrigos

E o tempo passa entre meus dedos

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 20/03/2009
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