LETÁRGICA EBRIEDADE

Cansei de andar em plumas

Das asas da madrugada

Não quero viver à custa

De fantasias malogradas

Falta-me sono ao deitar

Mas não consigo acordar

Da letárgica ebriedade

Que arresta o meu penar

Não é por amor que se sofre

Nem a dor mata quem morre

Sofre-se por viver num porre

De uma vida que demole

Ivone Alves SOL