O Vale das Sombras
Há séculos construiu-se um castelo num vale de Zéfiros gélidos e sombras.
Os portões deste tal castelo obsoleto,
São de ferro batido e sujo, de inscrições cheios, onde jamais lera tais inscrições alguém.
Cabe-lhe o jardim que tem, florido este jardim de morte, com tulipas negras adornado e com árvores retorcidas definha,
Ambiente sinistro, onde erguer-se o sol jamais ousara; paço entristecido onde o rebelde, obscurecido, jaz em mistérios há centúrias.
Vê-se nas esculturas uma mórbida ironia,
Com detalhes perversos em semblantes incisos, de olhares de um Átila enfurecido.
Lugar funesto onde repousam as últimas criaturas rebeldes, de uma rebelião espectral, vive-se ali na sombra, numa punição perene.
Um bramido de maldições incessantes vem deste malévolo castelo,
De um perverso Anjo Negro, cavaleiro dos abismos, de quimeras imortais arrepiantes,
Anjos rebeldes sem liberdade, numa inércia atemporal profusa, que pertence a tal perpétuo castelo sombrio,
De dores seculares latentes inexoráveis.
HERR DOKTOR