Do livro "Passageiros Do Tempo" - Vencido
Quando pende, a pauta exala
todo pudor, vazia e branca.
Pelas mãos não foram manchadas,
por olhos nunca relidas.
Pende a pena, a pauta fenece
em branca espuma que o tempo escurece.
Mãos vazias, frias pela solitude,
delegadas ao abandono.
Lamento a pauta, pena que pende
das mãos, interrompida poesia,
vestindo de pudor
todo o fracasso de quem se rende.
Quando pende, a pauta exala
todo pudor, vazia e branca.
Pelas mãos não foram manchadas,
por olhos nunca relidas.
Pende a pena, a pauta fenece
em branca espuma que o tempo escurece.
Mãos vazias, frias pela solitude,
delegadas ao abandono.
Lamento a pauta, pena que pende
das mãos, interrompida poesia,
vestindo de pudor
todo o fracasso de quem se rende.