medo da chuva
um dia choveu.
mas choveu tanto que o muro da casa vizinha caiu
e as pessoas corriam desesperadas;
meu cantinho virou abrigo,
e saiam cobertas, mantas, proteções,
e entravam pessoas, com frio, com medo,
porque a chuva não parava
e a vida tinha que tomar algum rumo.
o medo de perder o amanhã,
ou perder toda uma história traçada nos punhos
estava estampada na face e na aura dessas pessoas.
é difícil reerguer,
e nessas horas aprendemos muito sobre o ser homem.