Olhos cegos

Minhas mãos se abrem

Em gestos inúmeros passam

Detalhadas mensagens...

Palavras e mais palavras são ditas

Na tentativa do teu mundo alegrar

Vãs investidas, pois é quase impossível desvendar

Um motivo para a felicidade em tua vida transbordar...

Boas sementes eu tenho plantado

Regado e cuidado

Com todo o apreço existente em mim,

Mas nunca vejo o germinar por que os pássaros as comem.

Faço tudo,

Tanto faço

E o que eu ganho em troca?

Um apreço mal expresso,

Palavras frias que quebram

Barragens interiores.

Em mim ficam as seqüelas

Da deficiente retribuição

Mas tu não consegues perceber

Porque teus olhos são cegos a mim...

Enquanto eu me despedaço

Para o melhor te ofertar

Você me apedreja.

Isso é enfadonho

Como droga que vicia

Sinto-me inebriada por você.

Queria as amarras poder soltar

E um dia lhe dizer o que tanto senti

E o porquê de tanto lhe fazer...

Espero que em um momentâneo devaneio

A saudade que um dia você disse que sentiu

Retorne, e esta te leve a reabrir as ternuras

Retratadas em papel comum...

Que o seu coração guarde o momento

Ao menos uma vez e quando do seu mundo

Ausentar-me que a imagem da doçura e do frágil

Permaneça viva ao menos UMA VEZ!

Dona
Enviado por Dona em 05/03/2009
Código do texto: T1471482
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