Fruto proibido

E a face escondida sob o manto da noite

Volta-se para mim

E os olhos que permaneciam fechados

Enfim abriram-se

Mas quem é aquele que está ali?

Mesmo que o dia nasça eu não saberei quem é

Pois aquela alma sou eu

E na superfície espelhada da água negra

Eu fico a contemplar

Os olhos em chamas que um dia conheci

Que hoje ardem em suas órbitas apenas para me atormentar

E eu rompo o manto da noite com sua luz

Vendo em todos o que mais desejam ocultar

Me torno cego

Pela luz do conhecimento que desejo alcançar

Ouço vozes em minha mente

Vejo fantasmas a gritar

Eu gostaria de voltar a dormir

E não acordar

Tudo que desejaria era um pouco de paz

Eu provei o fruto proibido

Do qual todos querem um pedaço

E seu veneno me consome

Eu estive no paraíso

Mas de lá não consigo me lembrar

Eu vi a face de Deus e do Diabo

No doce sabor de final amargo

Do fruto da arvore da vida

Nos festejos do Shangri-la

Eu fui a serpente e fui o anjo

A semente do pecado que veio para te salvar

Serei seu Cain... seu Messias

Por sua sanidade eu rogo

Preste atenção

Mas não ouse me escutar

W Nophelim
Enviado por W Nophelim em 27/02/2009
Reeditado em 27/02/2009
Código do texto: T1459993
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