ALMA DE MINHA ALMA

Adormecida esta agora

Oh Alma amargurada

Tanta dor em si guardada

Tanta lágrima represada

Esta ali amontoada

Como um feto não nascido

Como um sonho não parido

Como uma mãe alijada

A alma esta em crisálida

Refazendo-se em seu tempo

A ferida ainda ardida

Entoa sua agonia e pranto

Será nesse casulo doloroso

Onde chagas viram asas

Que rompera afora, num gozo;

Destemida renovada mariposa

Não mais de dor semeada

Nem mais indolente mascarada

Será vôo de ilusão e esperança

Terra fértil para nova alvorada

É assim o destino de toda alma

Prantear em tempo dor fincada

E depois de velar corpo doido

Renascer tal fênix iluminada

Alma de minha alma.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 26/02/2009
Código do texto: T1457798
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